sábado, 14 de agosto de 2010

DIGA NÃO AO BULYING

Quando abordamos o tema “violência nas escolas”, nos vêm em mente formas explícitas de violência: vandalismo, pixação, rixas e agressões contra professores. Porém esquecemos – ou desconhecemos – que a escola convive com uma violência ainda mais cruel, muitas vezes, ignorada ou não valorizada da devida forma por pais e professores.

Trata-se do “Fenômeno Bullying”, definição universal para o conjunto de atitudes agressivas, repetitivas e sem motivação aparente perpretadas por um aluno – ou grupo – contra outro, causando sofrimento e angústia.
Estamos falando do isolamento intencional, dos apelidos inconvenientes, da amplificação dos defeitos estéticos, do amedrontamento, das gozações que magoam e constrangem, chegando à extorsão de bens pessoais, imposição física para obter vantagens, passando pelo racismo e pela homofobia, sendo “culpa” dos alvos das agressões, geralmente, o simples fato de serem “diferentes”, fugirem dos padrões comuns à turma – o gordinho, o calado, o mais estudioso, o mais pobre.
As vítimas dessa violência silenciosa presente em todas as escolas, sem distinção de classe social ou região geográfica, sofrem caladas e de forma contínua, tornando sua vida escolar um martírio. Bullying está diretamente relacionado com a não-fixação do aluno na escola e com a dificuldade do aprendizado.

O Fenômeno Bullying - Mário Felizardo

BRINCADEIRA NÃO TEM GRAÇA

Todos os dias, alunos no mundo todo sofrem com um tipo de violência que vem mascarada na forma de “brincadeira”. Estudos recentes revelam que esse comportamento, que até há bem pouco tempo era considerado inofensivo e que recebe o nome de bullying, pode acarretar sérias conseqüências ao desenvolvimento psíquico dos alunos, gerando desde queda na auto-estima até, em casos mais extremos, o suicídio e outras tragédias.
Por Diogo Dreyer

Quem nunca foi zoado ou zoou alguém na escola? Risadinhas, empurrões, fofocas, apelidos como “bola”, “rolha de poço”, “quatro-olhos”. Todo mundo já testemunhou uma dessas “brincadeirinhas” ou foi vítima delas. Mas esse comportamento, considerado normal por muitos pais, alunos e até professores, está longe de ser inocente. Ele é tão comum entre crianças e adolescentes que recebe até um nome especial: bullying. Trata-se de um termo em inglês utilizado para designar a prática de atos agressivos entre estudantes. Traduzido ao pé da letra, seria algo como intimidação. Trocando em miúdos: quem sofre com o bullying é aquele aluno perseguido, humilhado, intimidado.

E isso não deve ser encarado como brincadeira de criança. Especialistas revelam que esse fenômeno, que acontece no mundo todo, pode provocar nas vítimas desde diminuição na auto-estima até o suicídio. “bullying diz respeito a atitudes agressivas, intencionais e repetidas praticadas por um ou mais alunos contra outro. Portanto, não se trata de brincadeiras ou desentendimentos eventuais. Os estudantes que são alvos de bullying sofrem esse tipo de agressão sistematicamente”, explica o médico Aramis Lopes Neto, coordenador do primeiro estudo feito no Brasil a respeito desse assunto — “Diga não ao bullying: Programa de Redução do Comportamento Agressivo entre Estudantes”, realizado pela Associação Brasileira Multiprofissional de Proteção à Infância e Adolescência (Abrapia). Segundo Aramis, “para os alvos de bullying, as conseqüências podem ser depressão, angústia, baixa auto-estima, estresse, absentismo ou evasão escolar, atitudes de autoflagelação e suicídio, enquanto os autores dessa prática podem adotar comportamentos de risco, atitudes delinqüentes ou criminosas e acabar tornando-se adultos violentos”.

A pesquisa da Abrapia, que foi realizada com alunos de escolas de Ensino Fundamental do Rio de Janeiro, apresenta dados como o número de crianças e adolescentes que já foram vítimas de alguma modalidade de bullying, que inclui, além das condutas descritas anteriormente, discriminação, difamação e isolamento. O objetivo do estudo é ensinar e debater com professores, pais e alunos formas de evitar que essas situações aconteçam. “A pesquisa que realizamos revela que 40,5% dos 5.870 alunos entrevistados estão diretamente envolvidos nesse tipo de violência, como autores ou vítimas dele”, explica Aramis.

A denominação dessa prática como bullying, talvez até por ser um termo estrangeiro, ainda causa certa polêmica entre estudiosos do assunto. Para a socióloga e vice-coordenadora do Observatório de Violências nas Escolas — Brasil, Miriam Abramovay, a prática do bullying não é o que existe no país. “O que temos aqui é a violência escolar. Se nós substituirmos a questão da violência na escola apenas pela palavra bullying, que trata apenas de intimidação, estaremos importando um termo e esvaziando uma discussão de dois anos sobre a violência nas escolas”, opina a coordenadora.

Mas, tenha o nome que tiver, não é difícil encontrar exemplos de casos em que esse tipo de violência tenha acarretado conseqüências graves no Brasil.

Em janeiro de 2003, Edimar Aparecido Freitas, de 18 anos, invadiu a escola onde havia estudado, no município de Taiúva, em São Paulo, com um revólver na mão. Ele feriu gravemente cinco alunos e, em seguida, matou-se. Obeso na infância e adolescência, ele era motivo de piada entre os colegas.

Na Bahia, em fevereiro de 2004, um adolescente de 17 anos, armado com um revólver, matou um colega e a secretária da escola de informática onde estudou. O adolescente foi preso. O delegado que investigou o caso disse que o menino sofria algumas brincadeiras que ocasionavam certo rebaixamento de sua personalidade.

Vale lembrar que os episódios que terminam em homicídio ou suicídio são raros e que não são poucas as vítimas do bullying que, por medo ou vergonha, sofrem em silêncio.

Além de haver alguns casos com desfechos trágicos, como os citados, esse tipo de prática também está preocupando por atingir faixas etárias cada vez mais baixas, como crianças dos primeiros anos da escolarização. Dados recentes mostram sua disseminação por todas as classes sociais e apontam uma tendência para o aumento rápido desse comportamento com o avanço da idade dos alunos. “Diversos trabalhos internacionais têm demonstrado que a prática de bullying pode ocorrer a partir dos 3 anos de idade, quando a intencionalidade desses atos já pode ser observada”, afirma o coordenador da Abrapia.

Bullying - É exercido por um ou mais indivíduos, causando dor e angústia, com o objetivo de intimidar ou agredir outra pessoa

Bullying é um termo da língua inglesa (bully = “valentão”) que se refere a todas as formas de atitudes agressivas, verbais ou físicas, intencionais e repetitivas, que ocorrem sem motivação evidente e são exercidas por um ou mais indivíduos, causando dor e angústia, com o objetivo de intimidar ou agredir outra pessoa sem ter a possibilidade ou capacidade de se defender, sendo realizadas dentro de uma relação desigual de forças ou poder.

O bullying se divide em duas categorias: a) bullying direto, que é a forma mais comum entre os agressores masculinos e b) bullying indireto, sendo essa a forma mais comum entre mulheres e crianças, tendo como característica o isolamento social da vítima. Em geral, a vítima teme o(a) agressor(a) em razão das ameaças ou mesmo a concretização da violência, física ou sexual, ou a perda dos meios de subsistência.

O bullying é um problema mundial, podendo ocorrer em praticamente qualquer contexto no qual as pessoas interajam, tais como escola, faculdade/universidade, família, mas pode ocorrer também no local de trabalho e entre vizinhos. Há uma tendência de as escolas não admitirem a ocorrência do bullying entre seus alunos; ou desconhecem o problema ou se negam a enfrentá-lo. Esse tipo de agressão geralmente ocorre em áreas onde a presença ou supervisão de pessoas adultas é mínima ou inexistente. Estão inclusos no bullying os apelidos pejorativos criados para humilhar os colegas.

As pessoas que testemunham o bullying, na grande maioria, alunos, convivem com a violência e se silenciam em razão de temerem se tornar as “próximas vítimas” do agressor. No espaço escolar, quando não ocorre uma efetiva intervenção contra o bullying, o ambiente fica contaminado e os alunos, sem exceção, são afetados negativamente, experimentando sentimentos de medo e ansiedade.

As crianças ou adolescentes que sofrem bullying podem se tornar adultos com sentimentos negativos e baixa autoestima. Tendem a adquirir sérios problemas de relacionamento, podendo, inclusive, contrair comportamento agressivo. Em casos extremos, a vítima poderá tentar ou cometer suicídio.

O(s) autor(es) das agressões geralmente são pessoas que têm pouca empatia, pertencentes à famílias desestruturadas, em que o relacionamento afetivo entre seus membros tende a ser escasso ou precário. Por outro lado, o alvo dos agressores geralmente são pessoas pouco sociáveis, com baixa capacidade de reação ou de fazer cessar os atos prejudiciais contra si e possuem forte sentimento de insegurança, o que os impede de solicitar ajuda.

No Brasil, uma pesquisa realizada em 2010 com alunos de escolas públicas e particulares revelou que as humilhações típicas do bullying são comuns em alunos da 5ª e 6ª séries. As três cidades brasileiras com maior incidência dessa prática são: Brasília, Belo Horizonte e Curitiba.

Os atos de bullying ferem princípios constitucionais – respeito à dignidade da pessoa humana – e ferem o Código Civil, que determina que todo ato ilícito que cause dano a outrem gera o dever de indenizar. O responsável pelo ato de bullying pode também ser enquadrado no Código de Defesa do Consumidor, tendo em vista que as escolas prestam serviço aos consumidores e são responsáveis por atos de bullying que ocorram dentro do estabelecimento de ensino/trabalho.

Orson Camargo - Colaborador Brasil Escola
Graduado em Sociologia e Política pela Escola de Sociologia e Política de São Paulo – FESPSP
Mestre em Sociologia pela Universidade Estadual de Campinas - UNICAMP
Sociologia - Brasil Escola

O Papel Da Escola E Do Professor Na Construção Do Saber Crítico Do Aluno

A escola enquanto instituição detentora do saber precisa compreender sua importância na formação de um sujeito que atua em uma sociedade e deve contribuir positivamente para que esse saber seja trabalhado de forma democrática, independentemente de qual grupo social ele pertença.
O conhecimento é quem assegura, ao indivíduo, o respeito a sua maneira de pensar e agir, haja vista ser, no momento, o que consideramos de maior importância na elevação social, no atual momento de grandes e significativas mudanças globais. Não um conhecimento compartilhado, mas um saber amplo, duradouro, crítico e emancipatório. E isso só é possível, se a escola abrir as portas para uma educação cidadã, que respeite as experiências vividas por seus alunos.
É preciso repensar o papel da escola e do professor na construção do saber crítico do aluno. Somente através de uma educação que valorize o saber crítico é que teremos mais cidadãos preparados para a vida, para enfrentar os desafios que são impostos cotidianamente por uma sociedade globalizada e excludente.
Escolas e professores, não podem “fechar os olhos” para a exclusão social que tanto tem contribuído para as mazelas sociais. O papel de ambos, escola e professor, pode contribuir significativamente para que tenhamos uma sociedade mais justa, um mundo mais humano e uma vida mais feliz.

Professor, formado em Pedagogia com habilitação em Língua Portuguesa e Filosofia. Atualmente é Dirigente Municipal da Educação do Município de Saboeiro - Ceará. Desde 1988 atua na educação Básica e Educação Superior.

ORIENTAÇÃO SEXUAL

A orientação sexual na escola deve ser entendida como um processo de intervenção pedagógica que tem como objetivo transmitir informações e problematizar questões relacionadas à sexualidade, incluindo posturas, crenças, tabus e valores a ela associada: â Corpo humano (mudanças no corpo); â DST / AIDS; â Educação realizada pela família; â Dimensões sociológicas, psicológicas e fisiológicas da sexualidade; â Combate à discriminação que atinge os portadores de HIV; â Prevenção â Respeito ao próprio corpo e noções sobre os cuidados que necessitam dos serviços de saúde.

sábado, 16 de janeiro de 2010

Epitáfio - Titãs Composição: Sérgio Britto

 
Devia ter amado mais
Ter chorado mais
Ter visto o sol nascer
Devia ter arriscado mais
E até errado mais
Ter feito o que eu queria fazer...



Queria ter aceitado
As pessoas como elas são
Cada um sabe alegria
E a dor que traz no coração...



O acaso vai me proteger
Enquanto eu andar distraído
O acaso vai me proteger
Enquanto eu andar...



Devia ter complicado menos
Trabalhado menos
Ter visto o sol se pôr
Devia ter me importado menos
Com problemas pequenos
Ter morrido de amor...
Queria ter aceitado

A vida como ela é
A cada um cabe alegrias
E a tristeza que vier...



O acaso vai me proteger
Enquanto eu andar distraído
O acaso vai me proteger
Enquanto eu andar...(2x)



Devia ter complicado menos
Trabalhado menos

O PAPEL DA ESCOLA NA FORMAÇÃO DE CIDADÃOS

É papel da escola formar cidadãos, dar ao alunos os ensinamentos de que eles necessitam para viver e trabalhar neste mundo de evolução, bem como orientá-los para a vida. Isso só acontece, se a escola definir como meta, o trabalho crítico com os conteúdos a ser estudados pelos educandos. Através de um trabalho crítico e da busca pelo exercício da cidadania, a escola deve mostrar às novas gerações a importância de cada indivíduo e seu papel na sociedade, enquanto cidadãos conscientes de seus direitos e deveres. É preciso que a escola compreenda que também é seu papel, dar ao aluno condições para se inserir no meio social. É preciso atentar para a evolução do mundo e orientar o estudante para a vida.
O professor, por sua vez, deve considerar no exercício de sua função o aluno como sujeito de múltiplas relações, que por estar em processo de formação, deve ser considerado em sua totalidade. Assim, deve assegurar ao educando uma formação crítica, capaz de levá-lo a refletir sobre temáticas cotidianas e interferir positivamente em seu meio e, sobretudo, em sua vida para transformá-la.
As informações nos chegam, hoje, rapidamente e o que antes demorava uma década para mudar, nos dias atuais ocorre da noite para o dia.
Dessa forma e diante da quantidade de informações e da facilidade de acesso a estas, deve o professor conduzir o aluno de forma que possa o aprendizado ser mútuo e repleto de paixão. O professor deve “traduzir” os ensinamentos de forma que o aluno se sinta dentro de uma inesquecível “viagem” e dessa forma possa assegurar a produtividade do ensinamento, sempre utilizando-se da criticidade no ensino e aprendizagem dos conteúdos
Os docentes devem se preocupar, também, com a arte do ensinar. Não basta ser um bom pesquisador, necessário se faz que seja, também, um bom transmissor de conhecimentos e formador de opinião.

Professor, formado em Pedagogia com habilitação em Língua Portuguesa e Filosofia. Atualmente é Dirigente Municipal da Educação do Município de Saboeiro - Ceará. Desde 1988 atua na educação Básica e Educação Superior.

terça-feira, 12 de janeiro de 2010

FUNCIONAMENTO E ASPECTOS DA ESCOLA

A Escola teve a sua fundação em 1979 em sede própria.
Turnos de Funcionamento

Manhã- 1ª à 5ª série do Ensino Fundamental.

Tarde- 6ª à 9ª do Ensino Fundamental e do 1º ao 3º ano do Ensino Médio.

Noite- 5ª à 8ª do Ensino Fundamental e do 1º ao 3º ano do Ensino Médio- Eja ( supletivo ).

Temos :
Biblioteca climatizada
Laboratório de Informática climatizada
Sala de vídeo
Quadra de Esporte
Campo de areia
Grande área para recreação
Salas de aula espaçosas
Laboratório de Biologia, Matemática e Física

A sua localização é:
*Vizinho ao hospital da Unimed
Rua Francisco Martins de Oliveira, s/n - Torre
Telefone - 3224-3876

HISTÓRICO DO PROF: RAUL CÓRDULA

RAUL CÓRDULA (falecido), filho de José Marinho de Figueiredo Córdula e Filisbela de Luna Córdula, nasceu em Pirpirituba no Estado da Paraíba em 06 de março de 1913. Foi casado com Dona Maria Elizabeth Trevas Córdula, também falecida, com quem teve 5 (cinco) filhos: Risoleta, Leda, Raul Filho, Elizabeth e Roberto.Sua formação escolar foi desenvolvida sempre em Seminários.
Concluiu o curso secundário no Seminário Arquidiocesano da Paraíba e o Curso Superior em Filosofia no Seminário Diocesano de Pesqueira, no Estado de Pernambuco, em 1933. Concluiu, também, o curso de linguas Neolatinas no Instituto Lafaiete no rio de Janeiro, em 1949.Posteriormente, em 1966, fez o Curso de Especialização: Utilização do Livro Didático, pela Universidade de Illinois nos Estados Unidos.Exerceu em toda sua vida, atividades ligadas à educação, foi professor de Latim, Francês, Ciências e Português.
Foi colaborador direto de Nominando Diniz, Antonio Mariz, José Carlos Dias de Freitas, Tarcisio Burity, João Maurício de Lima Neves e Giselda Navarro Dutra, todos Secretários.

Faleceu em 29 de outubro de 1979.